sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quais os sonhos nos 300 anos de Cipotânea?
Geraldo Trindade
Bacharel em Filosofia, estudante de teologia no Seminário de Mariana,
mantém o blog: http://pensarparalelo.blogspot.com
Contato: pensarparalelo@gmail.com

Como podemos ter a exata noção de um fato histórico? Será que a história se basearia somente na narração de um fato?
                Neste ano de 2011 somos convidados a voltarmos nossa memória para os idos de 1711 e vislumbramos o surgimento da localidade de São Caetano do Xopotó e seu povoamento. Esse acontecimento não tem relevância nacional e muito menos internacional, mas a sua grandeza está na proporção subjetiva de pertença a uma terra ou localidade.
                A povoação nos entornos dos rios Xopotó, Brejaúba e Rio Espera; na região dos cipós amarelos há 300 anos pode ser narrada, contada e cantada como ato de bravura e pioneirismo do bandeirantes. No entanto, não podemos nos vangloriar do passado enquanto o presente nos parece turvo e o futuro sombrio. Enxergar e avaliar o passado com os pés no presente e nos futuro é reconhecer a grandeza das gerações passadas e respeitos às futuras.
                Nesse tricentenário, qual o caminho se desponta no horizonte dos cipotaneanos? Onde queremos chegar?
                Indubitavelmente, à luz das esperanças individuais e comunitária, sonhamos que:
- a educação seja a preocupação central e porta de entrada para o mundo globalizado;
- as crianças possam usufruir de tudo aquilo que são seus direitos;
- os idosos tenham atividades recreativas;
- a saúde leve em consideração o respeito a dignidade do cidadão;
- a cultura, o lazer, o esporte seja uma realidade no crescimento qualitativo dos cipotaneanos;
- os trabalhadores de todas as áreas sejam reconhecidos pelo labor diário;
- a segurança e a paz sejam realidades concretas;
- o emprego não se torne privilégio e luxo de algumas pessoas ou grupos;
- a corrupção não faça morada em nosso meio;
- as crianças, jovens, idosos, homens, mulheres, negros, pardos e brancos; ou seja, o ser humano seja a peça central de todo e de qualquer processo de política e transformação de sociedade em nossa querida Cipotânea.
                Esses sonhos garantem-nos que o verdadeiro desenvolvimento da nossa tricentenária cidade passe primeiro pelo desenvolvimento integral do ser humano. Só o homem é que garante a grandeza e a garbosidade de uma terra. Investir no ser humano e em suas estruturas plenificam as múltiplas potencialidades de cada homem e mulher e é isso que pode garantir que de Cipotânea brotem luminares que orgulhem este pequeno torrão.

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