Muito
se fala, discute e escreve sobre a situação brasileira. Na verdade, sobre o
caos que impera sobre todos nós e um precipício se apresenta à nossa frente!
Vivemos
ou pior, experimentamos na pele a catástrofe econômica, onde cada dia mais as
famílias perdem seu poder aquisitivo. Além disso, temos uma crise política onde
os representantes, que deveriam liderar e trabalhar para o bem comum se
esbaldam em negociatas e puro desprezo pelo bem público. O que vemos é uma
maquina público-administrativa que é incapaz de garantir bom serviço nos
setores da saúde, educação, segurança, transporte públicos, água e energia
elétrica. Não se pode culpabilizar a falta de um orçamento que garanta
melhorias no serviço público porque a sensação que se tem é que os recursos não são escassos quando se trata
de transferências do dinheiro público para as contas pessoais, gerando a
enojada corrupção, tão conhecida e praticada descaradamente à revelia do bem do
povo.
Parece
que os valores estão invertidos, que nada mais caminha como deveria caminhar.
Vemos os bons estagnados enquanto os desonestos buscam seus “jeitinhos” para
tirar vantagens que envergonham qualquer pessoa de caráter!
Ainda há muitos problemas que não têm acesso à educação de qualidade, recebem baixos salários e têm dificuldade em desfrutar de serviços básicos oferecidos pelo Estado, como educação, transporte público e saneamento básico. As drogas cada dia mais ingressam nos variados ambientes e disseminam um rastro de morte e violência pelas cidades e famílias.
Ainda há muitos problemas que não têm acesso à educação de qualidade, recebem baixos salários e têm dificuldade em desfrutar de serviços básicos oferecidos pelo Estado, como educação, transporte público e saneamento básico. As drogas cada dia mais ingressam nos variados ambientes e disseminam um rastro de morte e violência pelas cidades e famílias.
Qual
deve ser a atitude de um cristão? De
que modo se pode influenciar em um mundo tão cheio de mal, corrupção e
violência?
Jesus usa duas imagens: sal e luz
(Mt 5, 13-16).
O sal é que dá sabor, dá tempero àquilo
que está insosso; evita que se perca o alimento, além do sal estar associado à
pureza. Dessa forma, o cristão deve dar novo sabor ao ambiente que lhe cerca,
evitando que o mal progrida e avance na vida e no coração. Não se deixando
apodrecer pelas consequências do pecado. Jesus em outra passagem nos alerta: “Assim brilhe também a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso
Pai que está nos céus” (Mt 5,16).
A luz é um
símbolo muito especial nas Sagradas Escrituras. “Deus é luz e nele não há treva
alguma” (1 Jo 1, 5). “O povo que andava
em trevas viu grande luz” (Is 9, 1). Jesus
se referia a ele como luz: “Eu sou a luz do mundo;
aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8, 12). Os
seus discípulos, os que permanecem junto a Ele também são luz. Por meio deles a
luz de Cristo se manifesta em cada
rosto, nas palavras, nas ações, e ilumina o mundo. A luz elimina as trevas como também as boas obras
eliminam cada dia mais o mal da nossa vida, ou seja, no testemunho diário
deve-se proclamar o modo de Jesus agir. Dessa forma, as boas obras praticadas
não devem chamar atenção para quem a pratica, mas para Deus.
A missão do cristão é dupla no
mundo: como sal, para interromper, ou pelo menos retardar este processo da
corrupção moral e espiritual, e como luz, para desfazer as trevas. Recorda-nos o papa Francisco: “Não
se pode entender um cristão que não seja testemunha. Nós não somos uma
‘religião’ de ideias, de pura teologia, de coisas belas, de mandamentos. Não,
nós somos um povo que segue Jesus Cristo e oferece testemunho”.